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Mostrando postagens de maio, 2011

Nos jardins do Paraíso

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Abri a porta e o homem sentado por trás do birô da sala, me olhou como se eu não existisse. Menos mal. Também olhei para ele, enviesada. Um dia incomum o de hoje. Pela manhã Erílio me ligou, e sem rodeios foi logo me contando, que havia perdido a carteira com documentos, cartões de crédito e dinheiro. “Assim? Do nada? Assim, ele achou que caiu do bolso enquanto andava de motocicleta. Ai meu Deus, pensei comigo mesma: será que não posso estar em paz? Pena de Erílio, o coitado sem dinheiro, e sem ter pra onde correr, nem com quem contar. Resolvi sair ligando para os irmãos dele: ‘Olhe minha gente, Erílio perdeu quinhentos reais. O que se pode fazer por ele?’ Ninguém se prontificou com nada. Passei o restante do dia me sentindo mal. Vontade de chorar. Tinha que fazer uma viagem pra Maceió, dia seguinte, e ia levar aquela preocupação comigo. A felicidade é que Alvinho é diligente. Foi ao Banco quase na mesma hora que contei a ele, e colocou uma parte do dinheiro na conta de Erílio. Ningué