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Mostrando postagens de julho, 2013

Sem a palavra

Às vezes a palavra some, amiudada, sem conseguir corporificar-se ou conter em si o símbolo do meu sentido. É que sentir por vezes é tão grande, e quase tão próximo do impenetrável, que o Silêncio da letra, escrita, emudece, e faz-se santuário de um repertório tardio. A palavra - e eu tenho medo -, talvez reduza o sentido e empobreça, pagã, a imagem e a força do que se sente.  Neste sentir, o limite do conhecer humano extravia-se. Faça-se Senhor, a Palavra e o Verbo, o verso e a poesia, e o meu dizer de sentimentos. Sabedoria eterna, só Deus tem à Palavra o sentido. Eu, tão-somente, em minha pequenez, assim, tal jorro incoerente de frases, me abandono neste Mistério e, curiosamente, ouso escutá-lo...