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Mostrando postagens de setembro, 2013

Bom dia, Pão de Açúcar

"Você tem fome de quê?" São sempre bem vindas ações que visam minorar as necessidades da população mais carente, desde que tais ações não tenham como objetivo desviar a atenção dessa mesma população e da sociedade em geral, para outras necessidades. Saúde, Educação, Moradia, também fazem parte das necessidades básicas dessa gente e poderiam ser identificadas, da mesma forma, como outras fomes irmãs. Certos micro-projetos" sociais, reproduzem as velhas fórmulas filantrópicas-paternalistas que visam sim, tornar o gestor municipal um "meritório": "Pai da Pobreza" e amenizar as queixas dessa mesma população de necessitados. Pão e mungunzá podem e servem, num dado contexto, para amenizar a fome primária, física e visceral, do povo pobre e necessitado de nossa cidade. Ação que, inclusive, nos remete à Roma antiga e a antiga e tão atual expressão: Panis et circus (Pão e Circo, para iludir outras fomes e outras precisões). "A gente não quer só comida

Tergiversar

Entre a Palavra e a Imagem, há espaços onde ergo a minha morada. Ora feita com letras, ora de pincéis e tintas. Dentro da imagem, o meu coração é maestro de batuta em punho, harmonizando sístoles e diástoles, esses meus barulhos. Um maestro daqueles que a palavra chama pelo nome de sentimento.  O mais profundo mergulho é o que dou para dentro de mim. Meu salto quase heróico é como um vôo sem asas, à imensidão do vagar entre o vivido e o registrado, para a nunca concluída Casa que é em mim, o lugar de insistentes perguntas, que a ela me retornam. Do lado de fora do que julgo ser, os vazios, a inércia, o temor do imponderável, também sou eu.