Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2014

Alegria

Manhãzinha de sol nascido e, jardim com passarada sobre buganvílias, orvalho em folha verdinha, verbenas em flor, ipoméias, formiginhas no açucareiro, farelinho de pão sobre a mesa. Afeto, afago, mercê, favor. Amor. E viver um dia todinho, Solenizando essa vida.

In medium est virtus

Dia ameno. Hoje, também, sou de trato suave. Nem sol, nem chuva. Sou meio evidente. Meio sombreada, meio misteriosa, meio, meio...

Rumo

Se atordoada, eu volto pro meu canto, o de onde me origino. É sempre de lá, já quieta, que retomo a trilha e volto. Volto sim, Mas é pra sair de novo, porque, enfim, quem tem porto tem barco, remo,  viagem e recomeço

Herança

Herdei da minha avó,  um cravo que me dói debaixo do pé  e um joanete que quando quer, me vacila o andar.  Mas herdei dela, também,  um jeito astuto pra pisar o chão  e um jogo de alívios para viver. 

Do dia à dia

Vinha da esquina, a voz da mulher. _ Violeta, Ô Violeta!!                                                                     Então ela achegou-se à janela e olhou do lado de fora. Raulina voltara. Não. Aparecera após alguns meses. Ou seria após um ano ou quase isso? Viera visitá-la, logo àquela hora que via-se ocupadíssima. Neste mundo as coisas são assim. Não fosse isso e teria ido buscar um dos seus grandes chapéus, porque haveria de sair pela mesma esquina, atrás de uma trepadeira que Aprígio apontou, quase ordenando: _ Desça aqui pelo lado e dobre à esquerda. Ali. Tem mais de seis metros desta trepadeira sobre a cerca. Violeta fizera-se não se sabe como, amante de trepadeiras. Das que floram. Talvez pela sua tendência ao romantismo, porque tudo se apresenta mais bonito: as treliças pintadas de branco, com flores brotando suspensas, iguais àquelas do álbum de figurinhas desenhadas por Sara Kay. Treliças que ela fez com que fossem presas às colunas da varanda. Os jarros de