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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Em política favor com favor se paga

Quem leva vantagem nessa troca? Essa é uma das experiências mais desconcertantes: Uma cidade pequena faz com que as pessoas sejam aproximadas. Muitas vezes os casamentos entre conterrâneos fazem com que de alguma forma todos sejam parentes, próximos ou distantes. As famílias acabam se entrelaçando. A adolescência é uma fase em que se estreita laços entre amigos, contraparentes, conterrâneos e contemporâneos. É o tempo em que a identificação com ideologias sociais e políticas se manifesta. O desejo de justiça, igualdade, fraternidade, aproxima aqueles que apuram a sensibilidade, questionando os acontecimentos da vida. É também a ocasião em que a gente reorganiza, orientados por essas identificações, nossas relações pessoais, selecionando-as. Amigos de infância e adolescência, conterrâneos, contemporâneos, ou seguem conosco ideais comuns, ou se afastam de nós e nós deles. Com os que defendem como nós, nossas bandeiras, a amizade parece centrar esforços em aprofundar raízes, encontrar s

Mais cultura para os estudantes

O papel da escola não é só o de ensinar a ler e escrever Os trabalhos expostos por 120 artistas, no Centro de Convenções continuam levando ao local, um público cada vez mais diversificado. A presença de estudantes da rede pública de ensino, tem feito do ambiente do Salão de Arte da Marinha, um espaço movimentado. A curiosidade é o elemento principal desses jovens, que transitam pelo lugar. O objetivo é fazer com que eles apreciem as obras, aprendam a identificar o trabalho dos artistas e passem a valorizar a cultura alagoana. É o que pontua Fredy Correia, escultor e curador do evento. Ele mesmo acompanhou uma dessas caravanas de estudantes, mostrando e explicando, um por um, os trabalhos e as características de cada artista. Muito boa a iniciativa dessas escolas. Afinal, não é possível valorizar aquilo que não se conhece. Muito menos, ter orgulho da terra onde se nasce e ou se vive, se não há interesse, nem responsabilidade por parte dos educadores, nem dos órgãos do Governo, res

Sobre a façanha de ser criança na infância

O que está sendo perdido pelo mundo infantil? Na noite da última terça-feira (1º/02), presenciamos, eu e outras dezenas de pessoas, que no momento estávamos em um daqueles restaurantes da Amélia Rosa, em Jatiúca, uma cena no mínimo intrigante. Um homem perto dos seus 40 anos entrou na avenida pela contramão. Bêbado, desorientado, quase se choca com um ônibus urbano. Foi um susto para todo mundo. A confusão não acabou aí. É que o senhor transportava em seu veículo, uma adolescente e duas quase-meninas. Assustadas, as duas tiveram a reação que muita criança tem e se expuseram: uma delas saltou do carro ainda em movimento, que por sorte, àquelas alturas, já estava bem lento. A outra desceu em seguida. Pelo aspecto de ambas, não era difícil para ninguém imaginar o que realmente acontecia, tinha acontecido ou estava para acontecer. O homem, ao ser abordado pelo que acreditei serem policiais à paisana, que estavam sentados em uma mesa próxima à minha, apresentou a adolescente como mãe das

Show para alagoano nenhum botar defeito

“Não há quem não morra de amores pelo meu lugar” O artista alagoano Eliezer Setton se apresentou ontem à noite no Teatro Gustavo Leite, como parte da programação de abertura do 26º Salão de Arte da Marinha, para um público significativo composto por representantes do corpo da Marinha, patrocinadores, convidados e artistas. Com um repertório musical bem azul, branco e vermelho, cores da bandeira das Alagoas, o cantor e compositor soube conduzir a platéia entusiasmada que o acompanhou em dezenas de canções pitorescas, dos folguedos populares alagoanos. Por vezes, de sua autoria, outras, colhidas e extraídas com critério, uma de suas marcas pessoais, que demonstra a conduta de pesquisador de Setton, quando se trata de trazer para seus trabalhos, o cerne da cultura popular alagoana. Entre uma música e outra, o artista conversava com o público. Uma conversa descontraída, inteligente e cheia de humor, preenchida de informações e curiosidades, sobre cada interpretação que viria em s