Tergiversar

Entre a Palavra e a Imagem, há espaços onde ergo a minha morada. Ora feita com letras, ora de pincéis e tintas. Dentro da imagem, o meu coração é maestro de batuta em punho, harmonizando sístoles e diástoles, esses meus barulhos. Um maestro daqueles que a palavra chama pelo nome de sentimento. 

O mais profundo mergulho é o que dou para dentro de mim. Meu salto quase heróico é como um vôo sem asas, à imensidão do vagar entre o vivido e o registrado, para a nunca concluída Casa que é em mim, o lugar de insistentes perguntas, que a ela me retornam. Do lado de fora do que julgo ser, os vazios, a inércia, o temor do imponderável, também sou eu.

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