Em quem você vai votar???

A imparcialidade não existe. Ser imparcial diante do que se coloca como escolha na vida em sociedade significa: Que não sacrifica a sua opinião à própria conveniência, nem às de outrem, segundo Aurélio Séc.XXI. Ser imparcial suporia uma despretensão que nós meros humanos não temos.

Existem ofertas e existe a possibilidade de escolha diante delas. Em um processo eleitoral, onde dois candidatos são ofertados aos eleitores, como é o caso de Pão de Açúcar, é feliz quem tem a convicção pessoal de quem é o melhor. Nesta eleição, eu já expus meu pensamento aqui neste espaço virtual, o meu voto é estratégico. É um voto de protesto, porque eu não encontro em nenhum dos dois candidatos, qual o melhor para a minha cidade. 

Minha escolha na hora de votar é conscientemente parcial e não poderia ser diferente. Mas os motivos para a minha parcialidade nascem da imparcialidade interior, vinda das minhas certezas de mulher, cidadã pãodeaçucarense, de pessoa consciente, politizada, graças a Deus. São as minhas certezas. Meu senso não é comum. Assim como em se tratando de pessoas esclarecidas, inteligentes e guiadas pelas suas instâncias internas, com certeza e com todo respeito, suas escolhas parciais, ainda que em desacordo com as minhas, também não estão alicerçadas no senso comum. 

Tenho direito de exercer minha cidadania, e o sufrágio, o voto, é ainda mais que uma escolha, um julgamento. Um julgamento popular, democrático, ainda que a gente saiba que o ato se acerca de mil e um ardis, que os desvirtuam, e que são conhecidos por todos nós; pobres e ricos, esclarecidos ou ignorantes de esclarecimentos. Todo mundo deveria ser prepotente na hora de votar. Porque o momento da decisão de quem vai gerir os nossos cofres, é um momento de grande poder e influência.

Poder e influência, que o povo deixa escapar e que poderia ser exercido, para compensar a opressão e despotismo, com os quais os candidatos se apresentam. Uns mais do que outros. Mas, presentes em todos eles. São exatamente duas formas de prepotência antagônicas entre povo e candidato. Duas parcialidades.

Como cidadãos, qualquer um pode colocar seus pontos de vista e colocar suas opiniões. A gente não pode impor nada, mas pode fazer uso da liberdade ‘orientar’ estradas. Isso é uma atitude democrática. Concordar ou não com o que está posto é outra história. Mas o direito a isso e fazer uso desse direito, todos temos.

Falo por mim: Meu voto é de longo prazo. É ideológico. Minha escolha é parcial, porque toda a escolha o É. Não voto em candidatos, não voto em suas propostas porque até que me provem o contrário, metade, será esquecida e engavetada. Voto na possibilidade de contribuir para que aquilo contra o que eu sempre lutei não se repita em minha cidade. 


Porque eu também sou capaz de enxergar as coisas e defender minhas certezas. Porque como eleitora eu tenho o direito a ser prepotente. Eu tenho nas mãos o poder e a influência que a democracia me confere.

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